Então olá!
Cá estamos, mais uma semana de calor infernal neste lado do mundo.
Chove a potes, tá o centro do país debaixo de água, mas para eles a situação "ainda não é preocupante". É tudo doido!!!!! Aqui em Maputo, só chove a água que cai dos tubos dos AC´s.
Na passada terça, o meu querido, amado, maravilhoso clube, lá empatou (grande costinha!) e deixou para trás uma equipa considerada das melhores do mundo. Maravilha!
Por cá, sofri como o raio, até já estava em desespero. Quando foi o golo, os meus berros ouviram-se no 16º andar (de acordo com o vizinho). Ou seja, 10 andares acima! Lá tive de pedir desculpa no dia seguinte.
Aconteceu foi uma coisa engraçada: Vi em moçambique, transmitido pela televisão angolana, o jogo de uma equipa portuguesa, a jogar em inglaterra. Confusão!!! hehehehehe
Bom, passando à frente, hoje saiu a DIRE (documento de identificação e residencia para estrangeiros). Ou seja, apartir de hoje, sou expat verdadeiro. Já não sou residente de PT. Agora, é oficial. É um peso que sai dos ombros. Não imaginam as confusões, o tempo e a trabalheira que os estrangeiros passam para tirar a DIRE. É de ir às lágrimas.
Ontem, tive um sentimento estranho:
Estava na varanda lá de casa, a apreciar as pessoas que passavam. De repente, dei por mim a falar sózinho e a reviver um dos melhores momentos da minha vida. Daqueles momentos que nós guardamos as recordações no fundo do coração.
Aqui à uns meses valentes (uns 18 meses, quase) estive com um grande (grande mesmo) amigo meu, na varanda da casa de férias dele. Primeiro, apenas comentávamos acerca das pessoas que iam passando, e depois, começámos não só a comentar, como a tirar chapas com a máquina de filmar. Foi uma galhofa!!! Era mesmo aquela diversão de dois putos grandes, amigos acima de tudo. Houve naquela tarde, uma sintonia perfeita, parecia que os dois tinhamos o cerebro sintonizado na mesma frequência. Ainda tenho em lx o filme das fotos, com o som dos nossos comentários.
Então não é, que enquanto estava, ontem à janela, dei por mim a falar sózinho, como se fosse a fazer e a responder a esses comentários. Parecia que ele estava ali ao meu lado, e nós estávamos a fazer tudo de novo outra vez. Foi uma sensação tão estranha, que nem imaginam. Provavelmente deve ser saudades. Sinto muito a falta de ter alguém com quem falar. Não é aquele falar de dá cá aquela palha. É aquele falar de amigo, aquelas conversas às vezes parvas, idiotas, sem sentido ou razão, mas eram as nossas conversas. É estranho. É a vida, do outro lado do mundo...