Olá cá estou eu, brise continuo...
Comé? Já se trabalha ou ainda está tudo de férias?
Por aqui o calor aperta, a chuva molha, vão começar os ciclones e esta malta está na maior. Se acontecer alguma coisa, os países doadores pagam a factura.
Parece que é o Cenoura que está a "comandar" MZ...
Bom, mas não falemos de coisas tristes.
As férias lá foram, conheci o norte de MZ, aqueles sítios todos onde os meus pais estiveram.
Foi muito engraçado. Não existe comparação entre o sul e o norte. Como um senhor em Angoche - ex.António Enes - nos disse: "Na altura da independência, a corja foi toda para Maputo e arredores. Cá em cima só ficaram as boas pessoas".
A viagem durou doze dias e o itinerário foi mais ou menos este:
Maputo para Nampula, Nampula para a Ilha de Moçambique, Ilha para Nampula outra vez, Nampula para Angoche, Angoche de volta para Nampula, Nampula para Pemba e finalmente, Pemba para Maputo.
Não vou estar a descrever exaustivamente o que vi ou não vi, fiz ou não fiz, só digo que vale a pena conhecer. MUITO!
Na ilha de mz temos a noção que os tugas afinal sempre foram um pouco mais do que simples merceeiros no séculos XV a XVII. Também temos a noção que algumas etnias africanas são selvagens e ponto final. A ilha vale a pena passar 4 ou 5 dias, para conhecer tudo, incluindo a ilha de goa, sete paus, sena, cabeceira grande e pequena, etc.
Passámos lá o Natal. Foi estranho, estar pela primeira vez sem a família. Muito estranho. Felizmente, passámos a ceia de natal com o Pedro e a Cristina, um casal muito simpático.
Na ilha, lá houve muito snorkle, algum free dive, nada de scuba pois não há condições.
Vejam o site da guest house mais espectacular do mundo - onde ficámos -
http://www.mozambiqueguesthouse.com/- Aquela cama suspensa é divinal!
Depois da ilha de Mz,voltar para Nampula para ir a Angoche.
Ficámos com a Katie e o Mahari. Mille Grazie per l'óspitalità!!!
No tempo dos tugas, Angoche era António Enes, o sitio predilecto de mz da minha mãe. Sempre ouvi falar da praia de 40 km's, sem ninguém, onde a água era quente, a areia branca e era só usar 4x4 e escolher os nossos metros nos 40 km's.
Ora cheguei lá e fiquei maravilhado. Angoche deve ser a única cidade onde não há cubatas. A cidade está velha, claro, precisa de pintura, mas as casas continuam certinhas, até estavam a arranjar a calçada portuguesa. Viram-nos - éramos os 1os turistas dos últimos 6 meses, aquilo são 4 horas de picada - e ficaram todos contentes. Portugueses! Ali fala-se bem e tem-se saudade dos tempos dos Portugueses. Havia casa, trabalho, comida. Hoje, como eles dizem, só a Frelimo é que vive.
Tirei 150 fotos em Angoche, todas as ruas, casas, tudo para ser reconhecido - ou não - lá em casa. Depois, praia!
E que praia!!! Sem ninguém, água transparente - isso aqui até é normal - e a 36o. Sim trinta e seis graus. Aquilo era sopa!
Mais, dá ondas. Segundo os locais, até 4 metros. Nada mau. Mesmo nada mau.
Depois almoçar num dos melhores restaurantes onde já comi. O Pescador. Muito muito bom!
Regresso a Nampula - mais 4 horas de picada - para no dia seguinte ir para Pemba.
Já era dia 29, quase fim de ano, quando chegámos a Pemba.
Pemba foi a parte do relax total. Ficámos no Pemba Beach -
http://www.pembabeach.com- e deu para relax total,incluindo conhecer mecufi e afins e estar em praias perfeitas.
Noite de fim d'ano, e pumba, festa!
Uma mesa cheia de pessoas simpáticas!
Depois, dia 1, 1o dive - só um, porque a mar estava agitado. Engraçado. Não tem tanto peixe como na Ponta, mas uma parede até aos 45 metros. Muito giro.
Mais uma vez, conhecemos pessoas muito simpáticas, como o António, Sónia, Carlos, Vitor, obrigado a todos pela amizade e companhia.
E pronto, dia 2, arrumar as tralhas e voltar para Maputo.
Curtiram as férias?! Venham cá que o caminho está a ser desbravado... hehehehe
Bjs!